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Experiência de Música Compartilhada: pôster com áudio, cartões postais que cantam e “apps de papel”

12 abr


*amplificando uma ótima ideia

>> Lembram quando a gente falou da ação de divulgação do novo CD da banda DRY THE RIVER? Funcionava assim: a agência FOAM fez um poster diferente para cada música do álbum. Em todos eles, uma latinha pendurada por um barbante. Ao encostar o ouvido nessa latinha, conseguia-se ouvir um áudio do CD!

>> Para quem não se lembra ou não viu o vídeo fofo da campanha, aqui está:

>> Pois essa tecnologia tem tudo para ser a nova aposta de muitos artistas e marcas, além de ser uma opção criativa de adaptação do anúncio impresso ao mundo virtual. Ele traz a interatividade das telas para o papel, e para quem trabalha com música, isso será fundamental. Ou, apenas muito divertido. ;-)

>> Uma ideia de uso para empresas: uma seguradora australiana colocou posters com áudio em vários pontos de ônibus de Sydney (acima). A ideia era promover o novo seguro que inclui também o seguro para o sistema de som dos carros. Os passageiros que estivessem no ponto, esperando pela condução, podiam selecionar uma música ou uma playlist para ouvir. Ok, há um aplicativo para se baixar e um QR code para ativar, mas mesmo assim, está valendo:

>> YAHOO + OK GO:

Ainda em 2010, O Yahoo fez algo parecido ao colocar um cartaz interativo nos pontos de ônibus de São Francisco, no qual os usuários tinham acesso a games tocando na tela. Além de diferentes tipos de jogos e níveis e graus de dificuldade, a pessoa tinha que escolher um bairro. Para envolver o consumidor, a empresa estimulou uma disputa entre bairros e o vencedor… TCHANAAAAM … ganhava um show exclusivo da banda OK GO na vizinhança!

(* dica da FRUKT)

>> O APLICATIVO DE PAPEL:

>> Durante o SxSW deste ano, o conceito de poster com áudio ou poster interativo foi amplamente usado. Através dos “LISTENING POSTS”, o fã podia ouvir um trecho da música de determinada banda clicando nas imagens no próprio cartaz do festival!

>> MELHOR AINDA: caso gostasse, ele poderia comprar ingresso para o show através do próprio poster!!! O “LISTENING POST” foi desenvolvido pela agência UNIFORM, de Liverpool. Essa mesma agência desenvolveu cartões postais com áudio, com um sistema parecido, a chamada “tecnologia impressa”: bastava você inserir o cartão pelas máquinas espalhadas pelo festival para ouvir o áudio da banda sendo divulgada:

>> Olha o “cartão postal” da LANA DEL REY, por exemplo:

>> Para entender melhor, dá uma olhada no vídeo abaixo. Incrível! Sim ou com certeza? ;o)

Paper Apps from Uniform on Vimeo.

>> LINKS:

Como foi a parceria da banda OK GO com a Jose Cuervo, em vídeos

6 dez

A banda americana OK GO, em parceria com a Jose Cuervo, fez dez pocket-shows no Brasil no mês passado, entre o dias 19 e 25 de novembro. DEZ. Todos gratuitos e a bordo de um caminhão. No site oficial, a banda ironizou o fato de que “foi a primeira vez na história que quem ficou preso no trânsito foi a ‘casa de show’, não o público”. =)

“A campanha celebra o fato de que o ápice de um shot de Cuervo gelada não dura para sempre, mas, enquanto dura, é uma experiência física e emocional que é compartilhada na presença de amigos, novos e antigos. É isso que a Cuervo gelada e o OK Go celebram em conjunto com os shows surpresa e uma experiência online única”

— diz Peter Gutierrez, presidente da Jose Cuervo internacional, em nota publicada no site Promoview.

>> Quick Shot of Ice Cold:

Os “mini-shows” foram apelidados de “shots”, já que a ideia da campanha era promover shots de tequila GELADA, como fazem os mexicanos (sim, você estava fazendo errado esse tempo todo). Apesar de ser global, o Brasil foi o país escolhido para a ação principal da campanha.

>> ENVOLVIMENTO:

Os fãs podiam interagir via Facebook e Twitter mandando mensagens e tendo seus avatares incluídos no vídeo produzido no show do dia 24 de novembro, no Rio. A música escolhida para ser transmitida ao vivo com a participação dos fãs foi a “I want you so bad, I can’t breathe”. O resultado você vê aqui, basta clicar na imagem abaixo:

>> VEJA OUTROS “SHOTS” DA BANDA PELAS RUAS DE SP E DO RJ:

 

>> CUERVO COLD TRUCK, a “casa-de-shows” ambulante:

 

>> MAIS:

Unir-se a uma marca faz uma banda perder a credibilidade?

11 abr

A relação entra bandas e marcas pode ir muito além do patrocínio. Muitos artistas querem viabilizar projetos que não seriam bancados por suas gravadoras. Em entrevista, o empresário da banda OK GO explica como o grupo pulou dos vídeos independentes no YouTube para a parceria com a marca Range Rover.

Haters Gonna Hate. Enquanto houver patrocínio marca -> banda, haverá alguém reclamando que tal banda “se vendeu”. O que muita gente ainda não percebeu é que não é só dinheiro que está em jogo nessa “comunhão de bens”. Antigamente, era cada um no seu quadrado: as gravadoras ficavam felizes em investir em um disco, contanto que ele apresentasse resultados. Já as marcas, estavam satisfeitas com os artistas que cediam suas músicas aos seus comerciais.

Até que as marcas perceberam que poderiam ganhar muito mais que apenas uma trilha moderninha para um filme. E as bandas, por sua vez, reconheceram que essa parceria traria uma exposição muito maior que qualquer gravadora. Atingiriam outro públicos, chegariam em outros países, colocariam em prática projetos abortados por seus selos, etc.

 

O jornal britânico The Guardian entrevistou Mike Rosenthal, empresário da banda OK GO, “aquela dos vídeos engraçadinhos no YouTube”. Será que a banda é só isso mesmo? Ou ela simplesmente soube usar a visibilidade do site para atingir um público dez/cem vezes maior que um canal como a MTV pudesse atingir?

Na matéria, o jornal lembra que OK GO fez grande parte dos seus vídeos (o mais famoso deles está acima) quando ainda estava na Capitol Records. Por ser uma banda minúscula em uma gravadora tão grande, foi o jeito que a banda achou para chamar a atenção. Deu certo. Agora independente, a banda abriu seu próprio selo (“Paracadute Recordings”) e passa mais tempo “elaborando projetos” que viajando em turnês.

>> COMO FUNCIONA: Rosenthal explica que o OK GO tem uma lista de projetos que gostaria de executar. Ao receber uma proposta de alguma marca, o empresário analisa quais projetos se encaixam com quais marcas e propõe a parceria. Ele cita a campanha da Range Rover, feita recentemente:

“A banda sempre quis fazer um desfile, como aqueles de New Orleans, no qual todo mundo participaria levando uma turma grande de amigos tocando instrumentos, marchando pela cidade. Como a Range Rover estava lançando um aplicativo para iPhone parecido com o Foursquare e o GPS, a banda decidiu unir a idéia do desfile ao tal app.”

>> O aplicativo ao qual Rosenthal se refere é este aqui, e ele permitia que um usuário fizesse o check-in como no Foursquare, e que seu caminho fosse traçado juntamente com o de outros usuários no mesmo destino. O resultado final são desenhos como esse:

>> Abaixo, você vê as fotos do “desfile” do grupo em novembro do ano passado, com sua turma de amigos e fãs. Com o “GPS interativo da Range Rover”, eles formaram o nome OK GO passeando pelas ruas de Los Angeles:


Apesar do empresário não revelar a quantas anda a situação financeira da banda, ele diz que os views do YouTube são insignifcantes em termos financeiros, mas abrem MUITAS portas: “Só queremos fazer coisas legais, mais nada. E as parcerias com marcas nos permitem isso.”

O Guardian completa:

“Hoje em dia, agências de publicidade e empresas exploram o YouTube atrás dos vídeos mais vistos para assim, terem uma ideia das tendências seguidas pelo público. Eles acabam por reproduzir essas tendências em seus anúncios, enquanto as bandas tentam ter as suas músicas nas trilhas. Então, por que não produzir algo que beneficie as duas partes, fazendo um vídeo com apoio das marcas desde o começo?”

O jornal também cita os exemplos das bandas Pomplamoose (eles participaram do comercial da Hyundai, que queria um comercial que tivesse o mesmo estilo dos vídeos da banda) e Faithless (que lançou um vídeo-clipe-propaganda para a FIAT) .

>> E os fãs? Eles ainda acham que isso seria “se vender”?

Nós da Palco07 acreditamos que não, contanto que toda campanha tenha como foco (e respeite) o fã. Temos muitos exemplos, aqui no blog principalmente, de parcerias muito bem sucedidas entre marcas e bandas. Uma marca que souber trabalhar bem a ação, tendo em mente as necessidades e gostos de seu público alvo (isto é, o fã da banda em questão), não falha. O fã, ao perceber a legitimidade da campanha, vai querer participar.

Engajamento leva ao compartilhamento espontâneo e à identificação — e por conseqüência, ao consumo. Da música e do produto.

>> PARA LER MAIS:

>> Para ver o documentário produzido pela banda OK GO durante a campanha da Range Rover: